quinta-feira, 13 de maio de 2010

Beijo roubado

Ah! Não há nada que se compare
Ao sabor de um beijo roubado
A sensação de triunfo
Ao se tocar os lábios do amado...
A delícia de ter seu desejo saciado
E ver a surpresa estampada no rosto do outro
A cara de bobo... parecendo "gato anestesiado"
Ah! Como é bom beijo roubado,
Realizando um sonho, mesmo sem ser...
Autorizado!!!!

Lívia Carla Soares

Mãe

Universo de mãe
É um espaço diferente
Onde só uma entende
O que a outra mãe sente...

Reino de mãe
É um abençoado lugar
Onde o castelo encantado
É o que elas chamam de lar

Força de mãe
Não se aprende em teoria
São leõas sempre prontas
A defender sua cria

Coração de mãe
Não tem jeito, sempre cabe mais um
Mais dois, mais três e assim vai
Se avoluma, se agiganta sempre de modo incumum

Emoção de mãe
Não se explica, é sentimento sem par
Por vezes chora de alegria
Noutras sorri, querendo chorar

Amor de mãe
É pleno, infinito, exagerado
É tanto, que sem titubear daria
A própria vida pelo filho amado!

Lívia Carla Soares

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Festa de Natal

Poesia premiada na 4ª mostra Rio-Grandina de textos natalinos da Liv. Acadêmica

Este ano eu queria um Natal
Um Natal bem diferente
Um Natal que fosse...
Natal simplesmente

Uma festa sem qualquer
Conotação comercial
Em que o valor predominante
Não fosse dólar ou real

Eu queria um Natal
Emoldurado de emoção
Onde o nascimento do Cristo
Fosse a príncipal atração

Ver, na árvore decorada de Natal
Presentes de valor puro e genuíno:
Amor, Paz, Harmonia, Igualdade Social
Agradaria mais ao Jesus Cristo Menino

Utopia? Talvez não... Quem sabe
A estrela-guia, nesta noite de magia
Resplandesça em toda parte
Mostrando a todos os povos o sentido real:

JESUS - Verdadeiro Motivo desta Festa de Natal!!!

Lívia Carla Soares

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Aluga-se

Poesia classificada em 3º lugar no concurso Pan-Americano de poesias

Ofereço uma vaga

Em um coração desocupado
Não muito novo, na verdade bem usado
Mas original, sem safena, em bom estado
Dou preferência para alguém
Que não seja passivo, não se omita
Ante as injustiças da vida, no dia a dia
Que seja romântico e goste de poesia
Sincero, sensível e que se permita
Viver emoções, intensas, puras e verdadeiras
Entretanto peço que seja cuidadoso
E que não faça mudanças no cenário
Não remova de lá velhas lembranças
Que são para mim, um relicário
Poderá ficar o quanto quiser
E não importa quanta bagagem tiver
Pois espaço aida há de sobra
Há, porém, talvez que remendar
Algumas peças trincadas
Quebradas pelo antigo morador
O anterior...Mas nada que uma simples obra
Não possa restaurar...
E se tiver amor e carinho
P'ra oferecer, então...
Ah! Aí será perfeito
Só assinar o contrato, sem ônus
E está feito
Já poderá se instalar...

Lívia Carla Soares

Falando de amor

Há aqueles que amam
De forma plena, exagerada...
E os que amam meio "morno"
Sem arriscar nada...
E os que em absoluto
Não sabem amar
Nem ousam tentar...
Mas há entre esses ainda
Os que eu considero "piores"
Os que nem ao menos sabem
Se deixar amar...

Lívia Carla Soares

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Um dia

Sabes como é aquele dia
Em que sentes a alma triste e vazia
As horas se escoam lentamente
E a tarde morre em agonia

O coração sangra múltiplas feridas
Sufocando lembranças e saudade
De amores que passaram em nossas vidas
E que talvez não fossem de verdade...

Penso no tempo que se foi
E o que resta já nem é tanto
Nos sonhos antigos encarcerados no passado
E o muito que ficou sem ser realizado

Ilusões desfeitas, esperanças perdidas
Promessas descabidas e algumas emoções
Absolutamente... mal resolvidas
Tantas chegadas e partidas em diversas estações...

Agora o Sol vai se escondendo desfocado
E a lua teima em não dar as boas vindas
À noite que desce negra e sombria
Sequer uma pequenina estrelinha aparece
Pra iluminar o que resta ainda
Deste angustiante, melancólico dia...

Lívia Carla Soares

Viagem

Não temo a morte
Porque te amo além da vida...
Apenas queria te levar comigo
Nessa viagem ímpar
Rumo ao desconhecido...
Queria contemplar pela eternidade à fora
O brilho dourado da poeira de estrelas
Iluminando teus cabelos
E o pedacinho de céu azul
Que reflete em teu olhar
Queria para sempre ouvir ressoar
Esse teu sorriso como um guizo
Fazendo rir minh'alma
E assim com suprema e sublime calma
Em tua companhia constante
Sem hesitar um só instante
E com um bilhete só de ida
Seguiria viagem e deixaria feliz
Esse estágio... a que chamam de vida!!!

Lívia Carla Soares